É...
... Há muito tempo que meu tempo não volta atrás...
Parando na calçada adulta da infância do imaginar.
Perspicaz astúcia do saber juvenil,
Querendo alçar um voo mais alto do que o próprio vento lhe permite.
Viu?
Voei e pousei no parapeito do braço que se debruça, agora, para me Ler.
Aurora Bela de um saber...
Você.
Ao Invés de curtir nalguma dimensão,
De fazer parte da crônica dramática do Não,
Ou largar-me na insônia de um vão coração...
Preferi abrir "Os Livros"...
E fechar-me à Luz de minha escuridão.
Mas voltei a Cruz, e vi reluzindo, em tanto "Azuis", um céu
diferente de se ver...
Teus olhos.
Refiz-me algumas complexas perguntas que, simplesmente, as faço a você:
O que é viver?
E nas lembranças cicatrizadas,
Nas fotos arranhadas, lembrei-me das feridas...
E o quanto me machuquei e feri,
Ao tentar sanar a dor e sentir o Amor.
Aaaa...
O Amor...!
Célebre frase de um sensato Trovador.
Por isso, e um pouco mais que isso, preferi sair de cena e ensaiar um
novo Dilema:
Doador
Doei meu tempo, meus Livros e meu Clarão...
Minhas falas, meus gestos e todo o meu coração.
Engoli sapos, sacos...
Até Mentiras!
Vomitei lágrimas na solidão.
Mas...
O que eu queria, mesmo, era ouvir alguém dizer:
"Saudade, preciso te ver...!"
Egoísta?
Pretencioso, talvez!
Mas retorno aos porquês:
O que é viver?
Talvez vivendo a gente descubra...
Isto não é uma cantada, é uma Denúncia!
PS. Voei